Um dos testemunhos
que fez o Papa se emocionar no encontro com a Comunidade de Santo Egídio neste
domingo, 15, em Roma, foi o de Irma Lombardo. Apoiada em sua bengala, com 90
anos de idade, Irma Lombardo falou em nome dos idosos e disse que sua vida
ganhou um novo sentido nos últimos 20 anos. Sozinha e já com filhos, netos e
bisnetos crescidos, a solidão vivida por ela transformou-se em solidariedade.
Ela faz companhia aos idosos como voluntária da comunidade e utiliza seu tempo
para conversar e ouvir os relatos de pessoas que vivem angustiadas com a vida.
“Uma senhora me disse
certa vez que já se sentia um estorvo, que não tinha mais nada a fazer neste
mundo,” afirmou ela. Referindo-se a necessidade da irmos à cultura do encontro,
como pede o Papa Francisco, enalteceu que é preciso acabar com a cultura do
descarte aos idosos. Ela agradeceu ao Pontífice pelo seu afeto para com os mais
velhos e pelos inúmeros discursos que ele tem feito na defesa deles.
“Infelizmente, é dominante a cultura do descarte. Mas a idade da velhice não é
a idade do descarte,” disse ela.
O Papa Francisco
disse que “pelos pobres e pelos idosos se começa a mudar a sociedade. Jesus diz
o mesmo: a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular,
também os povos são de qualquer forma a pedra angular para a construção da
sociedade. Hoje, infelizmente, uma economia especulativa faz aumentar ainda
mais os pobres, privando-os do essencial como a casa e o trabalho. Isto é
inaceitável. E quem vive a solidariedade não aceita isso e age,” concluiu o
Santo Padre.(EF)
Fonte: www.news.va
Nenhum comentário:
Postar um comentário