domingo, 29 de março de 2015

DOMINGO DE RAMOS ABRE SEMANA SANTA

Hoje, 29, a Igreja celebra o Domingo de Ramos, ocasião que abre a Semana Santa. Em preparação para o ápice do ano litúrgico, a Páscoa, os fiéis são chamados a vivenciar a entrada festiva de Jesus em Jerusalém e a compreender a Paixão do Senhor. Como gesto concreto da Campanha da Fraternidade de 2015, também ocorre a Coleta Nacional da Solidariedade – “Pão e Justiça para todas as pessoas”.
“Para nós cristãos, é a semana mais importante do ano litúrgico, em que a Igreja celebra, atualiza sacramentalmente os mistérios da paixão e morte e ressurreição do Senhor”, explica o bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Armando Bucciol.
Na liturgia, a celebração recebe o nome de “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”. Dom Bucciol explica que essa abertura da Semana Santa reflete na liturgia atual duas tradições. “Tem o relato de uma peregrina de nome Ethéria ou Egéria que conta, no quarto século, o grande afluxo de pessoas para celebrar em Jerusalém a entrada solene de Jesus, enquanto em Roma, com uma liturgia mais sóbria havia a proclamação da Paixão do Senhor. Mais tarde houve a unificação dos dois momentos. Portanto, eis que o primeiro dia da Semana Santa é o Domingo de Ramos e da Paixão”, recorda.
Sobre a vivência da liturgia do Domingo de Ramos, Dom Armando Bucciol considera dois sentimentos prevalentes: a alegria e a compreensão. “A alegria pela chegada de Jesus em Jerusalém, é o Senhor que é acolhido pelos pobres, pelos simples, pelas crianças, que reconhecem nele o Rei messiânico, o Messias e Salvador. Portanto, a Igreja se abre para acolher Cristo como o Senhor em sua vida. E ao mesmo tempo, o preço que ele paga é a sua morte, é a leitura da Paixão com os textos bíblicos que nos preparam a compreender a Paixão como do Servo Sofredor, que doou sua vida pela humanidade”, resume.
Durante a Semana Santa, há o convite à reflexão sobre o seguimento a Jesus Cristo, uma revisão da vida. “A Igreja aconselha, ao longo da Quaresma ou nesta Semana Santa também, celebrar o sacramento da Penitência como momento de conversão, como sinal de uma expressão mais rigorosa, generosa e fiel de seguimento de Jesus Cristo”, diz Dom Armando.
No Tríduo Pascal, é celebrada a liturgia da Eucaristia, da Paixão e da Ressurreição de Jesus. Em cada dia, há uma reflexão que pode ser feita. “Eis que no Tríduo Pascal revivemos a liturgia da Eucaristia, portanto, compreender melhor o que significa para nós celebrar a Eucaristia, o que é para mim?”, questiona. Para a Sexta-feira Santa, a intenção é olhar para a doação do Cristo crucificado. “Cristo que morre na cruz. Ele nos amou até doar a sua vida por nós. Como respondo em minha vida ao Cristo que se doa, que se torna servo obediente até a morte de Cruz. E depois, a luz da Páscoa que ilumina a nossa vida, com a vitória de Cristo sobre a morte”, enumera.
Coleta Nacional da Solidariedade
A Campanha da Fraternidade de 2015 (CF 2015) propõe o tema “Fraternidade: Igreja e sociedade” e o lema “Eu vim para servir” e a Coleta Nacional de Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos, irá destinar recursos ao projeto de combate à fome no mundo promovido pela Cáritas Brasileira, cujo lema é “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”. Outros projetos que preferencialmente atendam aos objetivos propostos pela CF também recebem aplicação dos recursos da coleta.
Todos os recursos arrecadados formam os fundos de solidariedade. Cada diocese encaminha 40% do total ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS). Os outros 60% formam o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) e permanecem nas dioceses para atender projetos locais.
Para o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner,  o gesto de contribuir com a Coleta Nacional de Solidariedade no Domingo de Ramos é um “gesto de partilha, de amor”.
"O gesto do Domingo de Ramos de darmos uma contribuição, a oferta da solidariedade para o Fundo Nacional de Solidariedade é esse gesto de partilha, de amor, de dizer assim ‘eu quero ajudar um irmão, eu quero ajudar os pobres, eu quero ajudar, os necessitados. Assim como Deus veio partilhar a sua vida conosco, nós queremos partilhar a nossa vida. Não é um dinheiro que nós damos. Nós é que nos damos na nossa oferta. Esse momento é muito significativo, muito importante porque, como Jesus, nós aprendemos a sair de nós mesmos e ir ao encontro das pessoas, especialmente das mais necessitadas",explica.

Imagem: Regional Nordeste 3 da CNBB


Fonte: www.cnbb.org.br

sábado, 21 de março de 2015

PASTORAL DO TURISMO PREPARA ESTATUTO E PLANEJA ATIVIDADES

A Pastoral do Turismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está em fase de oficialização. Na última terça-feira, dia 17, a equipe de trabalho que prepara seu estatuto esteve reunida, em Brasília. Na ocasião, realizaram planejamento das atividades do 2º Seminário Nacional da Pastoral do Turismo.

 “O grande objetivo foi rever os novos estatutos em vias de sua oficialização. A Pastoral, oficialmente, ainda não existe, por isso nós precisamos dos estatutos, precisamos fazer com que sejam reconhecidos pela CNBB, criar o nosso próprio CNPJ, e aí, então, nós existimos diante da sociedade e do mundo”, explicou o arcebispo de Maringá (PR) e bispo referencial da Pastoral do Turismo, dom Anuar Battisti.

O 2º Seminário Nacional da Pastoral do Turismo foi outro tema da reunião. O evento acontecerá de 3 a 5 de novembro, em Aparecida (SP). Foi sugerido o tema “Identidade e Missão”. Na ocasião serão apresentados conceitos, a organização, a articulação, a missão e a finalidade da Pastoral do Turismo.

Ao contrário do que é imaginado por algumas pessoas, o objetivo da Pastoral não é promover atividades turísticas nem turismo religioso. “Quando se fala em Pastoral do Turismo acham que é para ficar viajando para cima e para baixo. Não é isso, não! Mas é evangelizar, é um caminho novo de evangelização que é diferente do turismo religioso”, alerta o bispo.

A atuação da Pastoral do Turismo, de acordo com a publicação da CNBB “Mobilidade Humana no Brasil – orientações pastorais”, está focada na promoção da dignidade da pessoa, na renovação da comunidade e na construção de uma sociedade solidária.

“Nós não promovemos turismo religioso. Nós trabalhamos a Pastoral, ou seja, acompanhamos o turista que vai nos mais variados lugares, não só nos lugares religiosos, na hora do descanso, do repouso, no encontro com a natureza, para que ele também possa fazer sua experiência de Deus”, afirma dom Anuar.

Os documentos eclesiais estudados durante o 1º Encontro da Pastoral do Turismo, ocorrido entre 11 e 13 de setembro de 2014, apontavam para a atenção com turistas e peregrinos, comunidades localizadas nos meios turísticos e com os trabalhadores da área. A reflexão do 2º Seminário também recordará este aspecto. “Em todos aqueles lugares, por mais belos que sejam, existem pessoas por trás trabalhando. Nós também queremos que essas pessoas e os promotores do turismo descubram a dimensão cristã, religiosa, a própria fé também nesses lugares e nesses momentos. Não tem como separar a fé da vida”, resume dom Anuar.

Logomarca

Também nesta semana, foi aprovada a logomarca da Pastoral, que a identificará daqui para frente. A arte possui elementos que sugerem, de acordo com a descrição dos desenvolvedores, simplicidade, fluidez e continuidade. Traços compõem um mapa do Brasil reestilizado e colocam uma cruz em destaque. “A simplicidade das formas utilizadas nos remente à humildade, perseverança e fidelidade que a Santa Igreja demonstra ao realizar suas ações, fiéis aos ensinamentos da Bíblia Sagrada e à continuidade da palavra pregada por Jesus Cristo e seus seguidores”, explica.

Os criadores afirmam que a fluidez aponta a “capacidade de adaptação da Igreja ao dialogar com diferentes povos, abordar diferentes temas e culturas”.

Fonte: CNBB