No ano de 1687 foi feita a doação do Palácio da Boa Vista, construído por Maurício de Nassau à ordem carmelita para que ali se instalasse a basílica e o convento de Nossa Senhora do Carmo. A basílica é de estilo barroco e constituem-se numa transição das igrejas do século XVII para as do século XVIII. Seu frontispício possui uma torre alta. A capela-mor possui um altar dourado onde destaca-se a imagem da padroeira, Nossa Senhora do Carmo, em tamanho natural, oferecida pela rainha D. Maria I. Na parte superior do nicho da Virgem Maria há um brasão da Ordem Carmelita. Ladeando o nicho central, outros dois nichos abrigam as imagens dos fundadores da ordem, os Santos Elias e Eliseu. O altar-mor é o mais bem ornamentado do Recife, possuindo valiosas coroas de ouro e pedras preciosas da Virgem do Carmo e do Menino Jesus. O altar do santíssimo ostenta um belo lampadário de prata. A nave da Igreja é separada dos altares laterais por duas grades torneadas em jacarandá. O forro é original do século XVIII. Num dos corredores internos há um crucifixo do século XVIII, em tamanho natural. Em 1917 ela foi elevada à dignidade de "Patriarcal Basílica Vaticana", com direito as santas indulgências. Já o convento não possui grandes destaques para o universo do barroco. O claustro é simples, sendo bastante amplo. A portaria possui paredes de azulejos com painéis representando a Paixão de Cristo, que deve datar de 1750. A sala de visitas contém móveis coloniais, imagens e quadros, que formam uma pinacoteca. No convento, Frei Caneca fez seus votos religiosos e ordenou-se sacerdote. Presume-se que esteja enterrado também nele em lugar incerto. Nas dependências do convento já funcionaram a Biblioteca Pública, o Hospital Militar, o Instituto Arqueológico e o Liceu Provincial.
Localização: Praça do Carmo, S/N, Santo Antônio - Recife / PE.
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