sexta-feira, 29 de março de 2013

BRASÃO PAPAL TEM PEQUENAS MODIFICAÇÕES

O brasão do Papa Francisco sofreu ligeiras modificações. A estrela, inicialmente com 5 pontas, passou a ter oito, em referência às oito bem-aventuranças. O nardo também mudou e o lema “Miserando atque eligendo” foi inserido em uma faixa branca com a parte de trás em vermelho. Permanece inalterado o emblema da Companhia de Jesus, no centro do brasão.

O Papa Francisco conservou seu brasão de Bispo, ao qual acrescentou os símbolos da dignidade pontifícia e a mitra colocada entre as chaves de prata e ouro, entrelaçadas com um cordão vermelho.

Na parte alta do brasão se encontra o emblema da Companhia de Jesus: um sol radiante amarelo com as letras em vermelho ‘IHS’: “Jesus, Homem e Salvador”.

Sobre a letra H se encontra uma cruz, em ponta, e debaixo das letras IHS, sempre dentro do sol radiante, três cravos em preto. Na parte inferior do brasão, a sua direita, se encontra uma estrela e à esquerda a flor de nardo.

A estrela simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja, e a flor de nardo São José, padroeiro da Igreja universal. Na tradição espanhola, São José é representado por um ramo de nardos na mão.

Com este brasão, o Papa quis ressaltar sua particular devoção a Virgem e a São José. A flor de nardo, no desenho anterior, poderia em princípio ser confundida com um ramo de videira. Com a modificação do desenho, passou a ser mais fiel ao que seria um ramo de nardos.

O lema do pontificado, “Miserando atque eligendo” (“Olhou para ele com misericórdia e o escolheu”), foi retirado das homilias de São Beda, o Venerável, o qual, comentando o Evangelho de Mateus, escreveu “Vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me” (Viu Jesus a um publicano e como olhou para ele com sentimentos de amor o escolheu e disse: seque-me”.

Esta homilia é uma homenagem à misericórdia divina e é reproduzida na Liturgia das Horas de São Mateus. Ela tem um significado particular na vida e no caminho espiritual do Papa. De fato, na festa de São Mateus de 1953, o jovem Jorge Bergoglio experimentou de modo particular, aos 17 anos, a presença amorosa de Deus na sua vida. Após uma confissão, sentiu seu coração ser tocado por um ‘olhar de amor terno’, que o chamava à vida religiosa, à exemplo de Santo Inácio de Loyola.

Após ser eleito Bispo, Dom Bergoglio, recordando tal acontecimento que marcou o início de sua total consagração a Deus, decidiu de escolher, como lema e programa de vida, a expressão de São Breda miserando atque eligendo, que foi reproduzida em seu próprio brasão de pontificado.

Fonte: www.news.va
 


quinta-feira, 21 de março de 2013

PRESIDENTA DILMA SOBRE O PAPA FRANCISCO: "ELE É UMA PESSOA EXTREMAMENTE CARISMÁTICA"



Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, após encontro com o Papa Francisco:
 
Jornalista: Presidenta, como é que foi a conversa?

Presidenta: Olha, a conversa foi uma conversa muito interessante. A primeira coisa é que eu era a primeira a ser recebida, depois da entronização. Inclusive o Papa falou “você pode falar, porque é a primeira vez que eu estou recebendo alguém aqui”. Ele é uma pessoa extremamente carismática e, ao mesmo tempo, com um grande compromisso com os pobres, o que torna a relação com o Brasil uma relação muito importante para nós porque o governo brasileiro vem nos últimos 10 anos, a partir do Lula, focando a questão da superação da pobreza. E é uma política de Estado, eu inclusive, expliquei para ele como é que nós estamos, e ele conhecia bastante bem, não houve nenhuma surpresa da parte dele, ele sabia o que nós estávamos fazendo.

Jornalista: Sobre a Jornada, vocês conversaram?

Presidenta: Ele também falou bastante sobre a importância de proteção às populações mais fragilizadas. Uma coisa que para mim foi muito interessante, ele falou que teve um papeleiro, vestido de papeleiro. Papeleiro é o nosso catador de papel. Ele trabalhava com o papeleiro e teve um papeleiro aqui no dia da entronização representando os papeleiros argentinos e eu falei para ele que nós geralmente fazemos – como vocês sabem – o nosso Natal, nós fazemos uma missa sempre na época do Natal com os papeleiros. E essa questão das populações mais fragilizadas ele também falou bastante sobre isso. No que se refere à nossa Jornada Mundial da Juventude, a importância da juventude na construção do futuro da humanidade, e a Igreja como uma instituição secular tem no jovem um foco muito grande e ele estava me dizendo que ele espera uma presença grande dos jovens na medida em que ele é o primeiro Papa, ele é várias coisas primeiro: ele é o primeiro Francisco, o primeiro jesuíta, o primeiro latino-americano, o primeiro argentino, e ele espera a presença massiva de jovens.

Nós conversamos … muito entusiasmado … nós conversamos sobre a questão dos jovens, sobre essa questão das drogas, do crack, do reforço de valores, de princípios e de símbolos para a juventude. E ele também – e isso é muito interessante – ele me disse que ele vai comparecer a Aparecida, ele vai, logo depois da grande participação dele ir em Aparecida e até me lembrou que em 2007 ele esteve em Aparecida e me deu, inclusive, um livro que é a síntese do que eles fizeram em Aparecida em 2007, que foi uma conferência de bispos latino-americanos. E me disse assim: “Você não lê tudo, porque você pode se aborrecer. Então você pegue o índice e olhe os assuntos que te interessar e vai lendo aos poucos”. Depois também me deu um conselho. Me disse o seguinte: “Eu fiquei muito comovido com a questão que ocorreu em Santa Maria e acho que a gente tem na vida de demonstrar força e ternura. Em Santa Maria, o Brasil demonstrou força e ternura”. Eu fiquei muito agradecida também e acho que ele será um Papa muito importante para o momento em que todos nós vivemos.

Jornalista: Ele comentou sobre a missão dele na Igreja, presidente?

Presidenta: Ele disse que tinha que evitar o orgulho, o Papa é muito, eu diria assim, muito modesto. Ele comentou que não se pode ter orgulho, nem pretensões, você tem que lutar para fazer as coisas direito, e lembrar sempre que tem um peso nas costas.

Jornalista: Ele fez algum pedido ao Brasil? Ele fez algum pedido para a senhora?

Presidenta: Olha, eu tenho a impressão que ele, em vez de fazer um pedido, ele mais disse que estava com o Brasil, que estava com a América Latina, a forma dele falar é mais nesse sentido.

Jornalista: Ele se dirigiu a senhora como você ou como senhora?

Presidenta: Olha, não dá nem para lembrar direito, ele é um Papa muito normal, viu?

Jornalista: Ele [o Papa] fala português bem?

Presidenta: Ele fala em portunhol igual à gente. E ele entende português bem. E ele não tem tradução.

Jornalista: Presidenta, para Argentina. Somos o país do Papa. O que dizer aos argentinos do encontro com o Papa Francisco?

Presidenta: Olha, vocês têm muita sorte. É um grande Papa. A Argentina está de parabéns. Agora a gente sempre diz “o Papa é argentino, mas Deus é brasileiro”.

Fonte: www2.planalto.gov.br



segunda-feira, 18 de março de 2013

A SANTA SÉ APRESENTA O BRASÃO DO PAPA FRANCISCO

Foram hoje apresentados o brasão e o lema do Papa Francisco, para o seu pontificado, que mantêm os símbolos que usou enquanto Cardeal e Arcebispo de Buenos Aires.

“No essencial, o Papa Francisco decidiu manter o seu brasão anterior, escolhido desde a sua consagração episcopal e caracterizado por uma linearidade simples”, refere um comunicado da Santa Sé, divulgado pelo Padre Lombardi, em encontro com os jornalistas.

O brasão contém um escudo azul coberto pelos símbolos da dignidade pontifícia (mitra entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho), com o monograma com as letras do nome de Jesus em latim (IHS), monograma proposto por São Bernardino de Sena (séc. XV) e adotado por Santo Inácio de Loyola (séc. XVI) como emblema da Companhia de Jesus. Por baixo, no brasão do Papa Francisco, uma estrela e uma flor de nardo, simbolizando, respetivamente, Nossa Senhora e São José (patrono da Igreja, neste caso representado de acordo com a iconografia hispânica).

O lema, “miserando atque eligendo”, evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.

A expressão é retirada de uma homilia de São Beda o Venerável (séculos VII-VIII), e corresponde a “uma homenagem à misericórdia divina”. Este lema e “programa de vida” evoca um episódio da vida do Papa argentino, que na festa de São Mateus, em 1953, “experimentou, com 17 anos de idade, de um modo muito particular, a presença amorosa de Deus na sua vida”. “A seguir a uma confissão, sentiu o seu coração ser tocado e percebeu a descida da misericórdia de Deus, que com olhar de terno amor o chamava à vida religiosa, no exemplo de Santo Inácio de Loiola”.

Fonte: www.news.va